sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Grilo

   Grilo (do latim grillus) é designação comum dos insetos ortópteros, subordem ensífera, que constituem a família dos gryllidae ou grilídeos, que possuem, além de longas antenas filisifórmes, órgãos auditivos para perceber os sons que produzem com possantes estriduladores situados nas suas asas anteriores.
   Somente os grilos machos produzem sons e o fazem para atrair as fêmeas para a reprodução. Para tanto, os machos possuem uma série de pelos nas bordas de suas asas, alinhados como pentes, e produzem os sons roçando uma asa contra a outra.
   Assim cada espécie produz um canto peculiar que varia com a época do ano, e que é mais intenso para atrair a fêmea e mais suave quando ela já está presente e se inicia a fase do cortejo.
   A fêmea possui um longo órgão ovopositor característico. Estes insetos são onívoros terrestres e noturnos. Cavam no solo orifícios com até meio metro de profundidade que terminam numa habitação circular. A entrada da toca é mantida sempre limpa porque aí se constitui a zona de canto do macho.
   Existem cerca de 900 espécies de grilos ao redor do mundo e muitas vezes estes são confundidos com os gafanhotos, dos quais são bem diferentes, embora aparentados. Os grilos têm a anatomia parecida com a do escorpião.
   O canto do grilo, serve para atrair a fêmea para que tais copulem.
   Sua principal alimentação é de folhas.
Grilo-doméstico (Acheta domesticus)
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Orthoptera
Subordem: Ensifera

Efêmera

   Ephemeroptera é uma ordem de artrópodes pertencentes à classe Insecta. Possui aproximadamente 2.500 espécies, distribuídas por 23 famílias.
   São animais longos, de corpo mole e de tamanho pequeno a médio, podendo atingir até quatro cm de comprimento. O nome efêmera está relacionado com o fato do adulto viver apenas poucas horas, sem se alimentar, dedicadas apenas à reprodução e à postura dos ovos da geração seguinte.
   Possuem asas membranosas com numerosas veias, sendo as asas posteriores menores que as anteriores. Apresentam antenas pequenas, olhos compostos bem desenvolvidos e três longos filamentos no abdome. As efémeras adultas caracterizam-se por peças bucais atrofiadas e um sistema digestivo não funcional, enquanto que as ninfas possuem peças bucais do tipo mastigadoras.
   As ninfas das efémeras vivem na água, em geral escondidas sobre rochas. A maioria das espécies alimenta-se de detritos ou matéria vegetal, mas algumas são predadoras. Ao contrário do adulto, que vive pouco tempo (de algumas horas até 2 dias), as ninfas podem viver de várias semanas até três anos. São os únicos insetos que sofrem muda após terem adquirido asas funcionais.
   As efémeras habitam zonas perto de corpos de água doce parada ou de curso lento. O grupo é essencial para a ecologia dos seus habitats dada a importância das suas ninfas na cadeia alimentar. Graças à sua sensibilidade às condições fisico-químicas do meio, as efémeras são um dos grupos mais utilizados em programas de biomonitoramento de qualidade da água.
Haft.jpg
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Ordem: Ephemeroptera

Vaga-lume

   Os vaga-lumes (português brasileiro) ou pirilampos (português europeu) (também conhecidos como caga-lumes, caga-fogos,cudelumes, luzecus, luze-luzes, lampírides, lampírios, lampiros, lumeeiras, lumeeiros, moscas-de-fogo, noctiluzes,piríforas, salta-martins ou uauás) são insetos coleópteros das famílias Elateridae, Fengodidae ou Lampyridae, notórios por suas emissões luminosas. As suas larvas alimentam-se principalmente de vegetais e outros insetos menores. A espécie mais comum no Brasil é a Lampyris noctiluca, na qual apenas os machos são alados.
   Os Elaterídeos têm cor variante do castanho escuro ao marrom avermelhado. Na parte anterior do tórax, duas manchas que, quando apagadas, têm coloração alaranjada. Usa-se achar que essas manchas são os olhos do pirilampo. Mas são suas "lanternas". Uma terceira lanterna fica no abdômen e só entra em atividade quando o inseto está voando. É tão desenvolvida que chega a emitir um facho de luz de quase um metro de diâmetro. Esses vaga-lumes costumam voar muito alto, acima da copa das árvores. A luz que emitem é contínua. Na lanterna torácica, a luz tem uma tonalidade esverdeada. Na lanterna abdominal, é amarelo-alaranjada. O ciclo de vida dos elaterídeos é longo: dois ou mais anos. Os adultos vivem somente no verão, períodos em que se acasalam. Os ovos são postos em madeiras semi-apodrecidas no interior das matas. Após cerca de quinze dias, surgem as primeiras larvas, que passarão quase dois anos comendo outros insetos e crescendo, até se transformarem nas pupas, que irão depois converter-se em insetos adultos.
   Nos Fengodídeos, as fêmeas sempre têm aspecto larvar. São somente conhecidas como bondinho eléctrico ou trem de ferro. Algumas espécies de fengodídeos emitem luz vermelha, na região da cabeça, e esverdeada no corpo. Outras emitem luz esverdeada em todo corpo. Os machos, alados, têm pontinhos luminosos em posição e número variáveis, todos no abdômen. Sabe-se que as larvas gostam de comer gongolos, o popular piolho-de-cobra. E são muito vorazes; sugam toda a parte mole do corpo do bicho, dispensando as partes duras. Emitem luz contínua e vivem no chão, à procura de suas presas.
   Os Lampirídeos têm um ciclo biológico longo. Variam muito de cor, do castanho-claro ou escuro ao castanho-amarelado ou avermelhado. As lanternas ficam no ventre e variam de tamanho e disposição. Emitem luz esverdeada intermitente durante as poucas horas do entardecer. Habitam matas, campos e cerrados, preferindo os lugares úmidos e alagadiços como os brejeiros. Adultos e larvas alimentam-se com frequência de caramujos. Em algumas espécies as fêmeas também têm aspecto de larvas, que emitem sua luz por órgãos luminescente situados no abdômen.
Lampyris noctiluca na Alemanha
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Coleoptera
Família: Elateridae, Fengodidae e Lampyridae

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Membracideos

   Os insetos da família Membracidae (membracídeos), vulgarmente designados como soldadinhos ou viuvinhas constituem um grupo relacionado com as cigarras e cigarrinhas. Existem cerca de 3200 espécies distribuídas em cerca de 600 gêneros. Encontram-se em todos os continentes, excepto na Antártida, ainda que só existam três espécies na Europa.
   São especialmente conhecidos pelo seu alargado e ornado pronoto, que por vezes se assemelha a espinhos, aparentemente como meio de camuflagem. Mas em algumas espécies, o pronoto desenvolve-se como se fosse uma extensão com forma de corno, ou com outras formas ainda mais peculiares.
   Perfuram os caules das plantas com as suas peças bucais, alimentando-se da seiva. Os espécimes imaturos podem encontrar-se frequentemente em arbustos herbáceos e ervas, enquanto que os adultos se encontram em espécies lenhosas, como as árvores. O excesso de seiva é excretado, formando melada que costuma atrair as formigas. Algumas espécies apresentam formas bem desenvolvidas de mutualismo com as formigas. Estas espécies são geralmente gregárias, de modo a atrair mais formigas. As formigas protegem-nas contra predadores.

Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Homoptera
Subordem: Auchenorrhyncha
Infraordem: Cicadomorpha
Superfamília: Membracoidea
Família: Membracidae

Tesourinha

   Lacrainha ou Tesourinha é a designação comum aos insetos da ordem dos dermápteros, providos de grandes cercos no final do abdome em forma de pinça, que lembram uma pequena tesoura, o que motiva seu nome popular.
   São, na sua maioria, saprófagos, raramente herbívoros. Habitam locais úmidos e possuem hábitos noturnos, escondendo-se em abrigos, como fendas em paredes e debaixo de galhos e pedras, durante o dia.
   Também são conhecidos pelos nomes de bicha-cadela, bicho-da-lenha, rapino, rapelho, raspelho e tesoura. Tendo como espécie-tipo a Forficula auricularia.
   No Brasil a principal espécie é a Doru luteipes, que é uma espécie predadora que vem sendo utilizada por agricultores no combate as pragas na cultura de milho, principalmente às larvas de Spodoptera frugiperda. especialistas dizem que se esta espécie de tesourinha estiver presente em pelo menos 70% das plantas de uma plantação, já seria o suficiente para diminuir com a praga em um nível que deixaria de dar prejuízos ao agricultor.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Hexapoda
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Infraclasse: Neoptera
Superordem: Orthopteroidea
Ordem: Dermaptera
Família: Forficulidae

Barata-d'água

   O termo Barata-d'água é a designação comum a todas as espécies de insetos aquáticos, hemípteros, da família Belostomatidae. Apesar do seu nome vulgar, não são baratas, no sentido estrito, são na verdade grandes "barbeiros" aquáticos, sendo também conhecidos pelos nomes de arauembóia, bota-mesa, pica-dedo e escorpião-d'água.
   Tais insetos tem até 10,5 centímetros, corpo largo e chato, com a coloração castanha e asas acinzentadas para camuflagem, pernas anteriores adaptadas a agarrar suas presas e pernas posteriores achatadas, próprias para a natação, embora não seja um bom nadador.
   Para conseguirem comer as suas presas, as baratas d'água agarram as suas "vítimas" com as patas dianteiras e injetam uma poderosa saliva digestiva que dissolve o interior da sua presa. Costumam se alimentar de caramujos, lesmas, girinos, salamandras, pequenos peixes e outros insetos, sugando seus líquidos orgânicos.
Reino: Metazoa
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Infraclasse: Neoptera
Ordem: Hemiptera
Família: Belostomatidae

Besouro-do-Fumo

   O Besouro-do-fumo (Lasioderma serricorne) é um inseto coleóptero da família dos anobiídeos, cosmopolita, de ampla distribuição brasileira. A larva dessa espécie de besouro infesta produtos manufaturados ou dessecados de origem vegetal ou animal, sobretudo folhas secas do fumo (ou tabaco).
   Também são conhecidos pelos nomes de besourinho-do-fumo, bicho-do-fumo e caruncho-do-fumo.
Lasioderma serricorne01.jpg
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Coleoptera
Família: Anobiidae
Gênero: Lasioderma
Espécie: L. serricorne

Besouro-da-Batata

O besouro-da-batata (Leptinotarsa decemlineata) é um inseto coleóptero, da família dos crisomelídeos. A espécie é originária da América do Norte, onde foi produzido artificialmente, apresenta élitros estriados de preto e amarelo, além de causar prejuízos nas plantações de batata do hemisfério norte. Também é conhecido pelo nome de escaravelho-da-batata.
Colorado potato beetle.jpg
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Coleoptera
Família: Chrysomelidae
Gênero: Leptinotarsa
Espécie: L. decemlineata

Joaninha

   Joaninha é o nome popular dos insetos coleópteros da família Coccinellidae. Os cocinelídeos possuem corpo semiesférico, cabeça pequena, 6 patas muito curtas e asas membranosas muito desenvolvidas, protegidas por uma carapaça quitinosa que geralmente apresenta cores vistosas. Podem medir de 1 até 10 milímetros, vivendo até 180 dias. Como os demais coleópteros, passam por uma metamorfose completa durante seu desenvolvimento; seus ovos eclodem em 1 semana e o estágio larval é de 3 semanas, durante o qual o inseto já apresenta a mesma alimentação do adulto (imago). As larvas, geralmente, tem corpo achatado e longo, com tubérculos ou espinhos e faixas coloridas ao seu longo. Possui duas antenas que servem para sentir o cheiro e o gosto. Há cerca de 4500 espécies na família, distribuídas por 350 gêneros, distinguíveis pelos padrões de cores e pintas da carapaça.
   As joaninhas são predadores no mundo dos insetos e alimentam-se de afídeos, moscas da fruta, pulgões, piolhos da folha e outros tipos de insetos, a maioria deles nocivos para as plantas. Uma vez que a maioria das suas presas causa estragos às colheitas e plantações, as joaninhas são consideradas benéficas pelos agricultores. Apesar da grande utilidade, estes insetos sofrem ameaça dos agrotóxicos utilizados pelos agricultores em suas plantações, embora a maioria das espécies não seja considerada como ameaçadas.
Ladybird.jpg
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Hexapoda
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Superordem: Endopterygota
Ordem: Coleoptera
Subordem: Polyphaga
Infraordem: Cucujiformia
Superfamília: Cucujoidea
Família: Coccinellidae

Coleopteras ou, mais conhecidos como Besouros

   Os besouros, também chamados de escaravelhos, são insetos pertencentes à ordem Coleoptera. A palavra Coleopteravem do grego κολεός, koleos (estojo) e πτερόν, pteron (asas), como uma referência a uma importante característica dos besouros: um par de asas anteriores rígidas, conhecidas como élitros, que protegem como um "estojo" as asas posteriores, que são membranosas e delicadas.
   A ordem Coleoptera é a que tem o maior número de espécies dentre todos os seres vivos — cerca de 350 mil — sendo portanto o grupo animal mais diversificado existente. Dentre os seus representantes mais conhecidos estão as joaninhas, os besouros-rinocerontes, os gorgulhos, os besouros-serra-pau e os vaga-lumes. A maior família dentro da ordem coleoptera (e também dentre todo o reino animal) é a família Curculionidae, com mais de 50.000 espécies diferentes, que caracterizam-se pelo rostro comprido que possuem.
   Os coleópteros apresentam uma enorme diversidade morfológica. Ocupam praticamente qualquer habitat, incluindo os de água doce, embora a sua presença em ambientes marinhos seja mínima. São na grande maioria animais fitófagos, o que torna alguns besouros verdadeiras pragas de culturas, como é o caso de certos besouros-da-cana, por exemplo. Outros, como as joaninhas, são vorazes predadores de afídeos (pulgões) e, portanto, desempenham um papel importante no combate a estas pragas.
Drawing-1.png
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Coleoptera

Pulgão

    Os afídios, afídeos, pulgões ou piolhos-das-plantas são insetos diminutos que se alimentam da seiva de plantas, da superfamília dos afidoídeos, ou Aphidoidea (algumas fontes registam Apidoidea) na divisão Homoptera da ordem dos Hemiptera. Cerca de 250 espécies constituem sérias pragas para a agricultura, floresta e jardinagem ao sugarem a seiva das plantas e servindo como vetor de transmissão de vírus.
   A joaninha é um dos seus principais predadores. Existem por todo o mundo, embora a maioria prefira as regiões temperadas.
   São mais frequentes em regiões temperadas, onde também existem maior diversidade de espécies, ao contrário do que acontece com outros grupos taxonómicos de seres, que costumam apresentar maior biodiversidade em zonas tropicais. Podem migrar por grandes distâncias, principalmente através de dispersão passiva, levados pelo vento. Por exemplo, acredita-se que o piolho-da-alface (Nasonovia ribisnigri) ter-se-á dispersado a partir da Nova Zelândia para a Tasmânia desta forma. A sua dispersão a nível global deve-se também ao transporte, por parte de humanos, de materiais vegetais infectados.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Hemiptera
Subordem: Sternorrhyncha
Superfamília: Aphidoidea