quarta-feira, 22 de maio de 2013

Cigarra

   O termo cigarra é a designação comum aos insetos da família dos cicadídeos, que reúne os maiores representantes da ordem. Existem mais de 1.500 espécies conhecidas deste insetos (sendo que a Carineta fasciculata pode ser considerada como a espécie-tipo brasileira). São notáveis devido à cantoria entoada pelos machos, diferente em cada espécie e que é ouvida no período quente do ano. Os machos destes insetos possuem aparelho estridulatório, situado nos lados do primeiro segmento abdominal, emitindo cada espécie som característico.
   As cigarras também são reconhecidas pela forma característica e pelo tamanho grande, que varia cerca de 15 milímetros até pouco mais de 65 milímetros de comprimento e atingindo até 10 cm de envergadura.   Possuem um "bico" comprido para se alimentar da seiva de árvores e plantas onde normalmente vivem.
A importância da cigarra no ecossistema é positiva, por um lado, por servir de alimento para os predadores e, negativa, por outro, porque constitui-se em pragas de algumas culturas. As suas ninfas vivem alimentando-se da seiva das raízes das plantas, causando sensíveis prejuízos pela quantidade de líquidos vitais que retiram e pelos ferimentos causados às raízes, facilitando a penetração de fungos e bactérias.
   Muitas espécies de cigarra têm períodos diferentes de amadurecimento, com ciclos vitais de duração variada, enquanto as larvas ficam sob a terra. Mas sete espécies do gênero Magicicada têm uma característica adicional: elas são sincronizadas, ou seja, saem do chão todas ao mesmo tempo, para cerca de duas semanas de canto ensurdecedor, acasalamento e postura de ovos.
   Existem mais de 1 500 tipos diferentes de cigarra. Já foram detectados exemplares desde vinte milímetros até 130 milímetros de comprimento. Normalmente, são encontrados em regiões de florestas tropicais, mas também podem ser encontrados em outros tipos de vegetações.
   No compartimento interno da barriga do macho, desenvolvem-se os músculos e os elementos que soltam o som do canto da cigarra, que serve para atrair a fêmea. Além disso, ele também canta quando é atacado ou capturado por inimigos naturais.
   De outro lado, o compartimento da barriga da fêmea fica lotado de ovos e a parte traseira desenvolve-se como ovulador.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Hemiptera
Subordem: Auchenorrhyncha
Infraordem: Cicadomorpha

Louva-a-Deus

   O louva-a-deus ou cavalinho-de-deus é um inseto da ordem Mantodea. Há cerca de 2400 espécies de louva-a-deus, a maioria das quais em ambiente tropical e subtropical. Seu nome popular decorre do fato de que, quando está pousado, o inseto lembra uma pessoa orando. Os louva-a-deus são insetos relativamente grandes, de cabeça triangular, tórax estreito com pronoto e abdómen bem desenvolvido. São predadores agressivos que caçam principalmente moscas e afídios. A caça é feita em geral de emboscada, facilitada pelas capacidades de camuflagem do louva-a-deus. Como não possuem veneno, os louva-a-deus contam com as suas pernas anteriores que são raptatórias, ou seja, modificadas como garras, para segurar a presa enquanto é consumida. A sua voracidade leva a que sejam considerados muito bem vindos pelos amantes da jardinagem e gricultura biológica, uma vez que, na ausência de pesticidas, são um fator importante no controlo de pragas de jardim. Na América do Norte ocorrem apenas três espécies de louva-a-deus, duas das quais introduzidas no início do século XX para este mesmo efeito.
   O voo do louva-a-deus é algo impressionante. Remete ao voo de um caça de combate. Ele também tem a capacidade de desviar de ataques de morcegos em pleno voo executando mergulhos.
   O louva-a-deus é um animal muito venerado na China, tendo inclusive estilos de Kung Fu baseados em seus movimentos.
   O ritual de acasalamento dos louva-a-deus, que decorre por volta do Outono, é uma época de perigo para os machos da espécie, uma vez que a fêmea muitas vezes acaba por os matar e comer durante/depois do ato. Depois do fato consumado, a fêmea põe entre 10 a 400 ovos numa cápsula endurecida que deposita no chão, superfície plana ou enrolada numa folha. Em algumas espécies, a fêmea permanece perto da cápsula e a protege contra os predadores, em particular algumas espécies de vespa. Após a eclosão, o louva-a-deus nasce como ninfa, que é em tudo igual ao adulto excepto no tamanho menor e na ausência de asas e de órgãos reprodutores maduros.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Mantodea

terça-feira, 14 de maio de 2013

Bicudo

   O Bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) é um besouro da família dos curculionídeos, originário da América Central, de coloração cinzenta ou castanha e mandíbulas afiadas, utilizadas para perfurar o botão floral e a maçã dos algodoeiros. É tido como uma importante praga agrícola nos E.U.A., e a espécie foi introduzida no Brasil em 1983, causando prejuízos nas plantações de algodão do Nordeste.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Coleoptera
Família: Curculionidae
Gênero: Anthonomus
Espécie: A. grandis

Cupim

   O cupim (português brasileiro) ou térmite, térmita (português europeu) ou salalé (português de Angola) ou ainda muchém (português de Moçambique) é um inseto social da ordem Isoptera, que contém cerca de 2.800 espécies catalogadas no mundo. Esses insetos são mais conhecidos por sua importância econômica como pragas de madeira e de outros materiais celulósicos, ou ainda pragas agrícolas, entretanto, apenas cerca de 10% das espécies conhecidas de cupins,estão registradas como tal.
   Em número de espécies, a ordem Isoptera deve ser considerada intermediária entre os insetos, já em termos de biomassa e abundância, os cupins apresentam enorme significância e podem ser comparados às formigas, minhocas, mamíferos herbívoros das savanas africanas ou seres humanos, por exemplo, e estão entre os mais abundantes invertebrados de solo de ecossistemas tropicais. Esta grande abundância dos cupins nos ecossistemas, aliada à existência de diferentes simbiontes, confere a estes insetos a possibilidade de desempenhar papéis como o de "super decompositores" e auxiliares no balanço Carbono-Nitrogênio.
   A maioria das espécies de cupins vive nas regiões tropicais e subtropicais, com algumas poucas se estendendo até latitudes mais elevadas, raramente além de 40º norte ou sul. Mais espécies de cupins podem ser encontradas num único hectare de floresta ou savana tropicais do que em toda a América do Norte e Europa juntas. Cupins podem chegar facilmente ao nono andar de um prédio.
   Os cupins são insetos hemimetábolos, com metamorfose gradual, e aparelho bucal mastigador; são ortopteróides e formam um grupo monofilético com as baratas e louva-deuses, os Dictyoptera = (Blattaria + Isoptera) +Mantodea. Muito vem sendo discutido a respeito das relações internas dentro de Dictyoptera, inclusive, se a ordem Isoptera deve ou não continuar sendo utilizada, já que um gênero de baratas que vivem em madeira (Cryptocercus) é filogeneticamente mais próximo dos cupins do que das demais baratas.Desta forma as baratas seriam um grupo parafilético, mas também se poderiam considerar os cupins como uma família (Termitidae) dentro de Blattaria: Blattaria = Outras Baratas + (Cryptocercus + Termitidae).
   A classificação mais aceite divide a ordem Isoptera em sete famílias: Mastotermitidae, Hodotermitidae, Termopsidae, Kalotermitidae, Rhinotermitidae, Serritermitidae e Termitidae (Grassé, 1986). As seis primeiras são os chamados cupins "inferiores" (que apresentam protozoários simbiontes para produção da celulase, como a triconinfa ou a Mixotricha paradoxa) e a família Termitidae, que inclui mais de 70% dos cupins do mundo, são os chamados cupins "superiores" (que possuem bactérias para produzirem a sua própria celulase). No Brasil são encontradas apenas as famílias: Kalotermitidae, Rhinotermitidae, Serritermitidae e Termitidae.
Cupim
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Isoptera