segunda-feira, 22 de julho de 2013

Microstigmatidae

   Microstigmatidae é uma pequena família de aranhas com 15 espécies descritas agrupadas em 7 gêneros.
   Os membros desta famílias são pequenas aranhas que vivem no solo ou sobre a vegetação não construindo teias nem fazendo uso intensivo da seda.
   A família foi segregada a partir da família Dipluridae em 1981. A subfamília Pseudonemesiinae foi transferida da família Ctenizidae para a família Microstigmatidae.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Ordem: Araneae
Subordem: Mygalomorphae
Superfamília: Mecicobothrioidea
Família: Microstigmatidae

Mecicobothriidae

   Mecicobothriidae é uma família de aranhas migalomorfas, conhecidas por tarântulas-anãs, com distribuição natural restrita às Américas. 
   As tarântulas-anãs, como o nome indica, apresentam fortes semelhanças morfológicas com as tarântulas, mas são substancialmente mais pequenas. Muitos espécimes têm comprimento corporal inferior a 1 cm e a espécie maior da família me geral não apresenta indivíduos com mais de 2 cm de comprimento.
Megahexura fulva
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Ordem: Araneae
Subordem: Mygalomorphae
Superfamília: Mecicobothrioidea
Família: Mecicobothriidae

Atypidae

   Atypidae é uma família de aranhas migalomorfas conhecidas por tarântulas atípidas. A sua distribuição natural atinge a máxima biodiversidade na Eurásia estando ausentes da América do Sul, Austrália e regiões polares.
   As espécies desta família escavam um buraco no solo, com 10 a 50 cm de profundidade, cujo interior revestem com um tubo de seda. Sobre o terreno, o tubo estende-se por cerca de 5 a 12 cm, recoberto com a areia e detritos como forma de camuflagem, o que o torna difícil de detectar. Se um inseto se aproxima do tubo, a aranha deixa o buraco subterrâneo e ataca a partir do interior do tubo, perfurando-o com as quelíceras com as quais injeta veneno.Quando a presa fica paralisada é arrastada para o interior da toca e aí consumida.
   Estas aranhas são difíceis de localizar dada a sua reclusão sob o solo e a boa camuflagem das armadilhas tubulares que constroem. O período em que é mais fácil encontrá-las é o outono, quando os machos deixam os seus buracos para encontrar fêmeas para acasalamento. Tendem a viver em colônias, pelo que quando um espécime é encontrado é indicador de que podem existir mais na vizinhança.
   O acasalamento ocorre dentro do tubo e o casal fica junto durante vários meses, mas, eventualmente, o macho morre e é comido pela fêmea. As fêmeas normalmente vivem cerca de oito anos. Os juvenis levam um ano para atingir o tamanho adulto e quatro anos para atingir a maturidade sexual.
Espécie americana de Atypidae.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Ordem: Araneae
Família: Atypidae

Antrodiaetidae

   'Antrodiaetidaei é uma família de aranhas migalomorfas pertencente à superfamília das Atypoidea.
   A distribuição natural da família está essencialmente centrada na América do Norte, com áreas descontínuas no oeste, centro e nos Apalaches.
   Naquilo que parecer ser o resultado de uma antiga distribuição mais alargada, as espécies Antrodiaetus roretzi e Antrodiaetus yesoensis são endemicas do Japão. As espécies japoneses são consideradas espécies relíquia, consequência de fenômenos de vicariância, estando a população dividida pela aparição de uma barreira determinada pela extinção de populações intermédias, impedindo o fluxo gênico e favorecendo a especiação.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Ordem: Araneae
Subordem: Mygalomorphae
Superfamília: Atypoidea
Família: Antrodiaetidae

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Aranha-de-prata

   A Aranha-de-prata (Argiope argentata) é uma aranha da família dos araneídeos, que apresenta colorações amarela, branca, preta e prateada. A espécie vive em teias geométricas construídas geralmente entre folhas e galhos. Também é conhecida pelo nome de aranha-dos-jardins. A fêmea é muito maior do que o macho.
   Quando o macho se aproxima, a fêmea dá-lhe indicação para que se retire erguendo-se na sua teia. Caso o macho consiga aproximar-se da fêmea e acasalar, esta pica-o e envolve-o em seda, como se tratasse de uma presa qualquer que embatesse em sua teia. Por fim, a fêmea leva o macho para a parte da teia e come-o. Mas ao menos dá mais tarde bebês que garantem a continuação da espécie.
A.argentata02.jpg
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Ordem: Araneae
Família: Araneidae
Género: Argiope
Espécie: A. argentata

Argyroneta aquática

Argyroneta aquatica, conhecida pelo nome comum de aranha-de-água, é uma espécie de aranhas da família Cybaeidae, encontrada na região Paleártica, privativa dos lagos e de outros locais de água parada. A espécie apresenta carapaça marrom-amarelada com estriações escuras e mede entre 8 mm e 15 mm de comprimento. É a única aranha que vive permanentemente debaixo de água.
Argyroneta aquatica Paar.jpg
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Ordem: Araneae
Família: Cybaeidae
Gênero: Argyroneta

Aranha-saltadora

   Salticidae é a família mais numerosa de aranhas, contando com mais de 500 gêneros e cerca de 5 000 espécies (cerca de 13% das espécies conhecidas de aranhas) , conhecidas popularmente como aranhas-saltadoras ou aranhas papa-moscas, com distribuição quase mundial. Estas aranhas não fazem teia para caçar, mas ficam à espera, saltando rapidamente sobre a presa. Podem saltar também para se movimentarem, ou para fugirem aos predadores.
   No Brasil as principais aranhas a receber esta denominação são classificadas no gênero Philaeus.Salticidae é a família mais numerosa de aranhas, contando com mais de 500 gêneros e cerca de 5 000 espécies (cerca de 13% das espécies conhecidas de aranhas) , conhecidas popularmente como aranhas-saltadoras ou aranhas papa-moscas, com distribuição quase mundial. Estas aranhas não fazem teia para caçar, mas ficam à espera, saltando rapidamente sobre a presa. Podem saltar também para se movimentarem, ou para fugirem aos predadores.
   No Brasil as principais aranhas a receber esta denominação são classificadas no gênero Philaeus.
Aranha papa-moscas (Philaeus chrysops)
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Chelicerata
Classe: Arachnida
Ordem: Araneae
Subordem: Araneomorphae
Família: Salticidae

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Aranha-camelo

   As aranhas-camelo são invertebrados de oito patas que pertencem a ordem Solifugae, uma das ordens menores da Classe Arachnida, Subfilo Chelicerata, Filo Arthropoda, que inclui cerca de 900 espécies descritas, 67 conhecidas da América do Sul.
   O nome Solifugae vem do latim e significa "os que fogem do sol". O nome não reflete o conhecimento atual do grupo, muitas espécies são diurnas e crepusculares. As noturnas também não apresentam fotofobia e, ao contrário, são atraídas por luz artificial. Os solífugos são também conhecido com solpugídeos, também uma palavra latina de significado semelhante a Solifugae.
   O corpo está dividido em prossoma e opistossoma. O prossoma apresenta-se segmentado. A parte anterior corresponde aos quatro segmentos originais do prossoma de um aracnídeo e é coberta por uma placa quitinosa chamada propeltidium. Os olhos situam-se em uma pequena elevação (ou cômoro) mediana na margem anterior do propeltidium. A seguir existem dois pares de faixas transversais, o arcus anterior e o arcus posterior, que correspondem ao quinto segmento, e logo após, um tergito retangular, correspondente ao sexto segmento, chamado post-peltidium. O opistossoma é ovóide e consiste em 11 somitos bem definidos, sendo o primeiro reduzido no adulto. O orifício genital e os estigmas traqueais ficam no ventre do opistossoma. A membrana pleural entre os escleritos do opistossoma é muito elástica e após alimentação o corpo do animal pode ficar muito inchado.
   As quelíceras dos solífugos têm dois segmentos e são muito grandes e robustas, podendo alcançar o tamanho do restante do prossoma. Essa é uma das características mais marcantes da ordem. Nos machos o primeiro segmento da quelícera possui um flagelo, cuja função é desconhecida. O pedipalpo possui seis segmentos. As coxas (primeiro segmento) possuem estruturas chamadas gnatobases com função alimentar.      Na extremidade do tarso (último segmento) ao invés da garra terminal presente em outros aracnídeos, existe um órgão adesivo, que auxilia a subida em superfícies lisas. O pedipalpo é muito semelhante às pernas, por isso os solífugos parecem possuir dez patas ao invés de oito. A seguir vêm os quatro pares de pernas ou patas propriamente ditas. O primeiro par é alongado e usado com função sensorial (pata anteniforme). 
   Os outros três pares são tipicamente ambulatoriais, usados para locomoção. Nas coxas e trocânteres do último par de pernas possuem estruturas em forma de raquetes de tênis chamadas malleoli (do Latim, pequeno martelo). Essas estruturas são exclusivas da ordem Solifugae e tem função desconhecida, mas são altamente inervadas e muito sensíveis ao toque.
   O nome de alguns gêneros como Ammotrecha Banks, 1900 (vem do Grego, "corredor da areia") e Eremobates Banks, 1900 (também do Grego, andarilho dos desertos") refletem suas preferências. Existem muitas espécies diurnas e crepusculares, além das espécies noturnas, que são atraídas por luz artificial. Algumas espécies podem entrar em cidades e até em habitações, como por exemplo Mummucia variegata (Gervais, 1849) em Santiago do Chile, Gluvia dorsalis (Latreille, 1837) em Madri ou a espécie de Galeodes Olivier 1791 que circulavam entre as tropas americanas no Oriente Médio.
   A maioria das espécies corre muito rapidamente, com movimentos bruscos, o que torna sua captura uma tarefa muito difícil. Podem escalar árvores e muros até vários metros de altura. Alguns podem subir mesmo em placas de vidro, devido aos órgãos adesivos dos pedipalpos. Algumas espécies africanas porém, andam lentamente sobre a areia.
   Espécies de grande porte podem ser agressivas e assumem uma postura com prossoma elevado, quelíceras abertas e produzindo ruídos para intimidação de um inimigo em potencial. Podem morder o homem, e a mordida é bastante dolorida graças à robustez das quelíceras, porém não possuem qualquer tipo de peçonha.
   Os caracteres sexuais secundários são pouco evidentes. Os machos são um pouco mais delgados e possuem o flagelo queliceral.
   A cópula é rápida e violenta. O macho imobiliza a fêmea que fica letárgica, massageia seu opistossoma e abre seu orifício genital com as quelíceras. A seguir ele emite uma massa espermática sobre a terra, pega-a com as quelíceras e a introduz no orifício genital feminino. Em seguida, o macho foge, geralmente perseguido pela fêmea.
   A fêmea fecundada se enterra e põe uma massa com 50 a 200 ovos. Não há registros de cuidado parental.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Ordem: Solifugae

Aranhas

   As aranhas ou araneídeos (ordem Araneae) são a ordem mais numerosa da classe Arachnida, distantemente relacionadas com outros grupos de artrópodes, como os insetos, com os quais não deve ser confundidas. Possuem duas subordens: Opisthothelae (a mais diversa e abundante, que contém os táxons Mygalomorphae, as caranguejeiras, e Araneomorphae, as aranhas modernas), e a Mesothelae, a qual contém apenas a família Liphistiidae, constituída de aranhas asiáticas raramente avistadas.
   Existem cerca de 40 000 espécies de aranhas , o que a torna a segunda maior ordem dos Aracnídeos, atrás da ordem Acari (ácaros). Essas 40 000 espécies são divididas em mais de 100 famílias, sendo que cerca de 30 delas são consideradas perigosas para o homem.
   A maior aranha do mundo é a Theraphosa blondi , que chega a medir até 20 centímetros de envergadura e a menor é a Patu digua Forster & Platnick, que tem o tamanho da cabeça de um alfinete.
   As aranhas pertencem ao filo artrópode e ao subfilo chelicerata. Sendo artrópodes têm corpos segmentados com membros articulados, cobertos com uma cutícula de quitina e proteínas e cabeças compostas por vários elementos que se fundem durante a fase embrionária. Os seus corpos consistem em dois tagmata, conjunto de segmentos com as mesmas funções: um deles, chamado cefalotórax ou prossoma (nos insetos este segmento encontra-se separado em mais dois tagmata - cabeça e tórax), o outro chama-se opistossoma ou abdômen.
   Nas aranhas, o cefalotórax e o abdômen estão ligados por uma pequena secção cilíndrica, o pedicelo. O padrão de fusão dos segmentos para formar cabeças cheliceratas é único entre os artrópodes e o que, normalmente, seria o primeiro segmento da cabeça desaparece numa fase inicial do desenvolvimento, por isso a falta de antenas cheliceratas é típica de muitos artrópodes. De facto apenas os apêndices à frente da boca dos cheliceratas são um par quelíceras e falta-lhes qualquer coisa que possa funcionar diretamente como maxilas. Os primeiros apêndices ao lado da boca são chamados pedipalpos e têm diferentes funções dentro do grupo chelicerata.
As aranhas e os escorpiões são membros de um grupo chelicerata, os aracnídeos. Quelíceras dos escorpiões tem três seções e são utilizados na alimentação. As quelíceras das aranhas têm duas secções e terminam em presas, que normalmente são venenosas e dobráveis para trás da parte superior quando não estão em uso.
   As secções superiores costumam ter "barbas" que filtram os pedaços sólidos do seu alimento, as aranhas apenas podem alimentar-se de comida líquida. Os pedipalpos dos escorpiões, normalmente, formam grandes garras para capturar as presas , enquanto os das aranhas são apêndices bastante pequenos cujas bases atuam como uma extensão da boca. As aranhas do sexo masculino têm as últimas secções maiores que as das fêmeas para a transferência de esperma.
   Nas aranhas o cefalotórax e o abdômen estão unidos por um pequeno pedicelo cilíndrico que permite que o abdômen se mova livremente enquanto produz seda, para a construção de teias, que são cinco vezes mais fortes do que o aço no mesmo diâmetro. Além disso, a teia pode ainda se esticar quatro vezes mais que seu comprimento inicial e podem resistir à água e a temperaturas até -45 °C sem se romperem.
   A zona superior do cefalotórax é coberta por uma única carapaça convexa, enquanto a parte inferior é coberta por duas placas planas. O abdômen é mole e oval. Este não mostra qualquer sinal de fragmentação exceto na subordem Mesothelae, cuja única família viva, Liphistiidae, que têm placas segmentadas na superfície superior.

Besouro-Hércules

   O besouro-hércules (Dynastes hercules) é um coleóptero. Habita os bosques tropicais e equatoriais da América Central e do Sul. É um dos maiores besouros que existem, já que os machos adultos chegam à alcançar 17 cm de comprimento incluindo o seu enorme chifre torácico. É a maior das espécies conhecidas do gênero Dynastes, sendo que existem apenas duas espécies de besouros maiores do que esta, os cerambicídeos: Macrodontia cervicornis e o Titanus giganteus da Amazônia.
   Os machos da espécie possuem dois chifres, um na parte superior da cabeça e outro no tórax. Em algumas ocasiões estes chifres costumam crescer a ponto de ficarem maiores que o próprio corpo. As fêmeas não possuem estes chifres, já que a espécie apresenta um significativo dimorfismo sexual. A finalidade destes apêndices está relacionada com a reprodução, uma vez que os machos os utilizam como "armas" para disputas na conquista de fêmeas. É comum encontrar uma fileira de pelugem alaranjada por toda a parte inferior do chifre torácico.
   Além de não possuírem chifres, as fêmeas são bastante menores e apresentam uma coloração mais escura do que os machos, que possuem élitros de cor amarela com manchas pretas. O besouro-hércules, capaz de levantar 850 vezes seu próprio peso, é considerado o animal mais forte do mundo.
   O estado larval deste besouro tem uma duração de um a dois anos, no qual a larva alcança um tamanho de 110 mm e pesa aproximadamente 120 gramas. Em grande parte do tempo, a larva vive perfurando a madeira em decomposição, que é sua maior fonte de alimento. Após esse período a larva se transforma em pupa, onde ocorre a metamorfose da qual emerge o besouro adulto, que se alimenta principalmente de frutos caídos no solo da floresta.
Ficheiro:Dynastes hercules ecuatorianus MHNT.jpg

Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Coleoptera
Família: Scarabaeidae
Subfamília: Dynastinae
Gênero: Dynastes
Espécie: D. hercules