quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Guaiamu

   O guaiamu (Cardisoma guanhumi Latreille ), também chamado guaiamum, goiamum, goiamu, fumbamba e caranguejo-mulato-da-terra , é um caranguejo da família dos gecarcinídeos. Pode ser encontrado deste o estado da Flórida até a Região Sudeste do Brasil, quase sempre em locais entre o mangue lamacento e o início da mata, normalmente em terreno arenoso.
    Grandes, essa espécie de caranguejo possui carapaça azul, com cerca de 10 ou mais centímetros e quelas (pinças) desiguais: uma grande e outra menor, que facilita levar os alimentos à boca, exceção feita à fêmea, cujas quelas são, normalmente, de tamanhos iguais. A fêmea, à época de desova, assume a coloração do casco e dedos em tons na cor creme ou amarelada. O macho, bem maior, tem a coloração do casco em tom azulado.
 

Reino:Animalia
Filo:Arthropoda
Subfilo:Crustacea
Classe:Malacostraca
Ordem:Decapoda
Infraordem:Brachyura
Superfamília:Grapsoidea
Família:Gecarcinidae
Gênero:Cardisoma
Espécie:C. guanhu

Caranguejo aranha-gigante

   Macrocheira kaempferi, também conhecido pelo nome comum de caranguejo-aranha-gigante, é considerado o maior artrópode conhecido, chegando a atingir um tamanho, com as patas esticadas de quatro metros e um peso de 20 kg. A espécie ocorre a grandes profundidades no Oceano Pacífico, sendo abundante nas águas do Japão.


Reino:Animalia
Filo:Arthropoda
Subfilo:Crustacea
Classe:Malacostraca
Ordem:Decapoda
Subordem:Pleocyemata
Infraordem:Brachyura
Família:Majidae
Gênero:Macrocheira
Espécie:M. kaempferi

Boca-cava-terra

   Trata-se de um crustáceo decápode cuja espécie apresenta dimorfismo sexual, no qual o macho diferencia-se da fêmea por apresentar uma das pinças ou quelíceras maiores e mais desenvolvidas (hipertrofia), a qual é utilizada para fins ligados à reprodução. Nas espécies de caranguejos as pinças normalmente desenvolvem função alimentar, todavia nesta espécie, a hipertrofia de uma das pinças impede esta função. Nos indíviduos adultos da espécie a pinça ou quelícera hipertrófica chega a assumir o tamanho de 1/3 da largura máxima da carapaça.
   Os olhos da espécie se localizam nas extremidades de pedúnculos e cada um destes pedúnculos tem uma dimensão ligeiramente superior a ⅓ da borda frontal da carapaça, inserindo-se por meio de uma articulação no lado externo da abertura respiratória central. O par de pedúnculos pode assumir duas posições distintas, uma ereta adotada pelo caranguejo quando está em ambiente externo e outra retraída quando recolhem-se em buracos. Quando retraídas os pedúnculos recolhem-se em duas meias bainhas horizontais, situadas no limite superior da face anterior da carapaça.
   A coloração nos indivíduos adultos é variável e, embora não sejam coloridos uniformemente, apresentam padrões de cores dominantes: violeta escuro, vermelho escuro (cor de vinho), laranja e amarelo em intensidade variadas e, ainda, menor ou maior quantidade de tons cinzentos. A intensidade da coloração individual é determinada por células tegumentares especializadas localizadas na hipoderme denominadas cromatóforos e influenciada simultaneamente pelos ritmos circadiano e das marés. De dia e na maré-vaza os pigmentos se espalham por toda a área dos cromatóforos tornando os animais mais escuros, durante a noite e na preia-mar a coloração é menos intensa uma vez que os pigmentos se concentram junto ao centro das células. Indíviduos jovens, comumente apresentando tamanho inferior a 15 mm, apresentam coloração castanho uniforme, muito similar ao lodo.
   O comprimento da carapaça tem cerca de 50 mm.

Reino:Animalia
Filo:Arthropoda
Subfilo:Crustacea
Classe:Malacostraca
Ordem:Decapoda
Infraordem:Brachyura
Família:Ocypodidae
Género:Uca Leach, 1814
Espécie:U. tangeri

Siri-azul

   O siri-azul (Callinectes sapidus), siri-tinga ou simplesmente siri, é um pequeno crustáceo decápodo encontrado nas águas costeiras do Oceano Atlântico e Golfo do México. Em seu nome científico, calli é grego para "bonito", nectes para "nadador", e sapidus é latim para "saboroso". Dr. Mary Rathbun descreveu primeiramente o caranguejo-azul em 1896.
   Os predadores naturais do siri-azul incluem enguias, trutas e alguns tubarões. O siri azul é omnívoro e consome tipicamente bivalves, anelídeos, peixes e quase todo o outro artigo que puderem encontrar, incluindo cadáveres.
   A Baía de Chesapeake, que banha os estados de Maryland e Virginia, nos Estados Unidos, é famosa por seus siris-azuis, e eles são um dos artigos econômicos dos mais importantes colhidos dela. Em 1993 a colheita combinada do siri-azul alcançou o valor de 100 milhões de dólares US, mas este número desceu para 45 milhões no ano 2000.
   É um dos maiores siris do litoral brasileiro, chegando a ter mais de 15 cm de envergadura. A fêmea é menor do que o macho. O último par de patas locomotoras é modificado, funcionando como remos. Aquela pode pinçar com muita rapidez, causando pequenos ferimentos. A fêmea apresenta abdômen largo e arredondado, cujos apêndices são usados para carregar os ovos quando está ovígera.
   O habitat preferido são as praias lodosas, tanto rasas como profundas, e pode subir pelos riachos que desembocam no mar, sendo abundante sua ocorrência em água salobra. Alimenta-se de detritos.
Ocorre em todo o litoral do Brasil.
   A fêmea, na época da eclosão dos ovos, retorna ao mar para que as larvas se desenvolvam. Possui duas fases em seu ciclo de vida: uma marinha (fase pelágica) onde os ovos eclodem e os organismos se desenvolvem para o estádio de zoea, permanecendo em águas marinhas até o estádio de megalopa quando então migram para águas estuarinas em busca de proteção e salinidades mais baixas; e uma estuarina onde as megalopas recrutam (fase bentônica) e se desenvolvem para os primeiros estádios juvenis. Após sucessivas mudas, os animais se tornam adultos e aptos à cópula que ocorrerá em águas estuarina. A cópula é estimulada através de uma mudança na salinidade. Após a cópula, as fêmeas fertilizadas migram para regiões de maior salinidade. As fêmeas então liberam os ovos, resultantes da cópula em águas estuarinas de baixa salinidade, em águas marinhas de maior salinidade.
   Está ameaçado pela pesca predatória, destruição do habitat e poluição.

Reino:
Animalia
Filo:
Arthropoda
Classe:
Malacostraca
Ordem:
Decapoda

Caranguejo

Caranguejos (também conhecidos como uaçás, auçás e guaiás1) são os crustáceos da infraordem Brachyura, caracterizados por terem o corpo totalmente protegido por uma carapaça, quatro pares de patas (pereópodes) terminadas em unhas pontudas, o primeiro dos quais normalmente transformado em fortes pinças e, geralmente, o abdômen reduzido e dobrado por baixo do cefalotórax. Os pleópodes se encontram na parte dobrada do abdómen e, nas fêmeas, são utilizados para proteção dos ovos.

Escutígera

Scutigera, é um gênero de artrópodes miriápodes carnívoros da classe dos Chilopoda. O nome genérico deriva da presença de espessamentos quitinosos ao longo da região dorsal que aparentam ser escudos. Os animais deste género são extramemente rápidos e ágeis, capazes de trepar rapidamente superfícies verticais, perseguindo activamente as suas presas, as quais são maioritariamente pequenos insetos e aranhas. A espécie sinantrópica Scutigera coleoptrata é actualmente considerada como tendencialmente cosmopolita.
Reino:Animalia
Filo:Arthropoda
Subfilo:Myriapoda
Classe:Chilopoda
Subclasse:Notostigmophora
Ordem:Scutigeromorpha
Família:Scutigeridae
Gênero:Scutigera

Tarântula

   Tarântulas ou caranguejeiras são aranhas da família Theraphosidae que se caracterizam por terem patas longas com duas garras na ponta, e corpo revestido de pelos. As tarântulas habitam as regiões temperadas e tropicais das Américas, Ásia, África e Oriente Médio. Enquanto estão crescendo, têm uma fase de troca de pele chamada ecdise. Apesar do tamanho e aspecto sinistro, as tarântulas não são perigosas para a espécie humana, uma vez que não produzem toxinas nocivas aos humanos, por isso são eventualmente criadas como animais de estimação. Uma de suas defesas são os pêlos urticantes de suas costas e abdômen, que irritam a pele do possível predador.
   Em média atingem de 15 cm a 25 cm de comprimento com as pernas estendidas, mas existem espécies que podem chegar até 30 cm, como é o caso da tarântula-gigante-comedora-de-pássaros (Theraphosa blondi) da América do Sul.
   O acasalamento das tarântulas é como o da maioria das aranhas. Uma diferença é que o macho tem ganchos para prender as presas das fêmeas no ato sexual. Os machos têm seus pedipalpos modificados para a cópula. Normalmente o macho foge logo após o ato, antes que a fêmea recobre seu apetite, e morre poucos meses depois, devido a seu curto ciclo de vida. A fêmea armazena o esperma vivo num órgão especial, até chegar a época de botar os ovos.
   As fêmeas depositam entre 50 a 200 ovos num saco de seda que incubam por cerca de 6 semanas. Os ovos são bem grandes, e o saco pode chegar a ficar do tamanho de um limão. Os filhotes já nascem com um bom tamanho. Após o nascimento as pequenas tarântulas não recebem cuidados parentais, ficam pouco tempo na toca e logo depois se dispersam.
   Pelo seu aspecto, a tarântula ficou famosa popularmente pela literatura e pela televisão, mas não são perigosas para os Humanos. Não possuem veneno e são muito calmas. Para atacar , é preciso que ela se irrite muito, porém sua picada é muito dolorosa.
 
Reino:Animalia
Filo:Arthropoda
Classe:Arachnida
Ordem:Araneae
Família:Theraphosidae

Lacraia

   Lacraias, escolopendras ou centopeias (Scolopendra spp.) são animais peçonhentos (cujo veneno não é muito perigoso para o homem). Pertencem à classe Chilopoda com cerca de 3000 espécies, algumas com quase 50 centímetros de comprimento, presentes em todos os continentes.
   As centopeias são predadores muito eficientes e algumas espécies são capazes de comer pequenos roedores, anfíbios e até mesmo serpentes. Têm o comportamento típico de levantar a cauda, quando ameaçadas. No entanto, não é na cauda que se encontram os ferrões e sim nos maxilípedes que é um par de patas adaptado como mandíbula inoculadora de veneno.
   Possuem o corpo dividido em cabeça e tronco. Na cabeça, possuem um par de antenas, dois pares de olhos simples e os maxilípedes. O tronco é formado por numerosos segmentos, cada um com um par de pernas articuladas. Entretanto as patas de cada segmento não se movem simetricamente (como nos miriápodes) mas sim num sistema geral no qual um grupo de patas produz apenas um apoio e empuxo, o que lhes confere muito mais rapidez.
   Vivem por até seis anos e preferem ambientes úmidos sob folhas e troncos podres. Alojam-se sob pedras, cascas de árvores, folhas no solo e troncos em decomposição, ou constroem um sistema de galerias, contendo uma câmara onde o animal se esconde. Podem também ser encontradas em hortas, entulhos, vasos, xaxins, sob tijolos, em boxes de banheiros ou em qualquer parte da casa que não receba luz solar e seja úmida.
   De hábito notivago, a centopeia é, por sua vez, presa de corujas, ouriços, musaranhos e sapos. Considerada um animal peçonhento, a lacraia ou centopeia pode produzir acidentes dolorosos para o ser humano, frequentemente ocorridos na manipulação de objetos onde este animal estava escondido. O quadro clínico não é grave, variando de acordo com o número de picadas, e da sensibilidade ao veneno por parte da vítima.
   Na superclasse dos myriapoda os animais apresentam os órgãos de tomosvary, que são higroreceptores. Graças a esses órgãos elas conseguem procurar um local de maior umidade. Os miriápodes têm grandes problemas com a perda de água. Um dos fatores são os espiráculos (respiração) que se encontram abertos, facilitando a perda de água por evaporação. Nos miriápodes a locomoção é muito mais lenta porque as patas de cada segmento movem sempre simetricamente.
   As lacraias são quilópodes, animais de sexos separados cujo desenvolvimento pode ser direto ou indireto. No início da primavera a fêmea deposita de 15 a 50 ovos que medem cerca de 1mm de diâmetro em torno dos quais se enrola e deles cuida por cerca de quatro semanas, findas as quais, eclodem os filhotes idênticos à mãe. Neste período a centopeia fica muito vulnerável.
   As centopeias são organismos super adaptados, tanto que uma espécie com 15 pares de patas originária do mediterrâneo se expandiu por todo o hemisfério norte.
   É um mito popular que elas transmitem doenças. Ao contrário, na Coreia e toda a Indochina, lacraias secas ao sol são consumidos como remédio.

Carrapato-estrela

   O Amblyomma cajennense, carrapato da família Ixodidae é também conhecido como carrapato estrela ou carrapato do cavalo tem como hospedeiros preferidos os eqüídeos, mas pode também parasitar bovinos, outros animais domésticos e animais silvestres. O A. cajennense, na sua fase adulta, é também conhecido pelos nomes populares: "rodoleiro", "picaço", "carrapato rodolego" e também como "micuim", "carrapato pólvora", "carrapato-fogo", "carrapato meio-chumbo" e "carrapatinho" nas suas fases de larva e ninfa. A espécie é comum no Brasil e é um vector de diversas doenças como a Babesiose eqüina e a Febre Maculosa, sendo esta última considerada um zoonose. Apesar de ser bastante irregular as infestações do Amblyomma, geralmente concentram-se nas sombras ou nos locais de passagem de seus hospedeiros.
Amblyomma cajennense.tif
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Subclasse: Acarina
Ordem: Ixodida
Família: Ixodidae
Gênero: Amblyomma
Espécie: A. cajennense

Carrapato

   Um carrapato, carraça ou chato é um artrópode da ordem dos ácaros, classificado nas famílias Ixodidae ou Argasidae. São ectoparasitas hematófagos, responsáveis pela transmissão de inúmeras doenças. Registros fósseis sugerem sua existência há pelo menos 90 milhões de anos, com mais de 800 tipos.
Ficheiro:Tick male (aka).jpg
Domínio: Eukariota
Reino: Animal
Subreino: Metazoa
Filo: Arthropoda
Subfilo: Chelicerata
Classe: Arachnida
Subclasse: Acarina
Ordem: Ixodida
Família: Ixodidae
Argasidae

sarcoptes scabiei ou ácaro da sarna

   Sarcoptes scabiei é um artrópode que parasita tanto animais domésticos quanto o homem, causando uma doença conhecida como escabiose no homem e sarna sarcóptica nos animais.
   Sua distribuição é cosmopolita e é totalmente democrática em sua escolha das vítimas. A prevalência é global é de aproximadamente 300 milhões de casos.
   A fêmea é maior que o macho e tem um pouco menos que 0,5 mm de comprimento. Possuem quatro pares de patas quando adultos e três pares quando larva. São parasitas obrigatórios, têm seu corpo dividido em gnatossoma (rostral) e idiossoma (caudal). Não possuem espiráculo respiratório (a troca gasosa ocorre pela pele).
   Tem corpo pequeno e globoso (0,2 – 0,5 mm), possui patas curtas, ideossoma com estrias transversais, espinhos em formato triangular no dorso, apódema em “Y” e ânus terminal em relação à placa anal.
   Em machos, os tarsos I, II e IV possuem ventosas em pedicelo não segmentado. Fêmeas apresentam ventosas nos tarsos I e II.
   A postura das fêmeas (ovíparas) é feita em parcelas (enquanto a fêmea escava seu túnel, vai efetuando a postura dos ovos), abaixo da epiderme do hospedeiro, em galerias("túneis" escavados por fêmeas adultas), com incubação de três a cinco dias. A postura em parcelas e a diferença do período de incubação garantem que numa infestação gere larvas provenientes de uma mesma fêmea por até dois meses. Após esse período há a eclosão desses ovos, surgindo as larvas. Com o desenvolvimento das larvas, o ácaro passa ao estágio de ninfa [subdividido em dois instares (estágios) ninfais: protoninfa e tritoninfa]. Essa transformação de larva para ninfa pode ocorrer na “galeria” ( em que os ovos foram depositados) ou na pele.
   A ninfa passa a adulto imaturos na pele. Após a fertilização, esses são considerados adultos (o ciclo dura em torno de dezessete dias). O adulto permanece sobre a pele para aumentar sua capacidade de transmissão.
   Durante as trocas de fases, os ácaros sofrem ecdise ( muda da pele), possibilitando que esses cresçam.
   As fêmeas adultas se ingurgitam se alimentando de linfa.
Sarcoptes scabei 2.jpg
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Chelicerata
Classe: Arachnida
Subclasse: Acarina
Ordem: Acaridida (Astigmata)
Subordem: Psoroptidia
Superfamília: Sarcoptoidea
Família: Sarcoptidae
Subfamília: Sarcoptinae
Gênero: Sarcoptes
Espécie: S. scabiei, S. scabiei var. equi, S. scabiei var. canis, S. scabiei var. suis, S. scabiei var. bovis, S. scabiei var. ovis, S. scabiei var. hominis.

Dermanyssidae

   Dermanyssidae é uma família de ácaros da ordem Mesostigmata. A família possui uma distribuição cosmopolita.
Dermanyssus gallinae
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Subclasse: Acarina
Superordem: Parasitiformes
Ordem: Mesostigmata
Superfamília: Dermanyssoidea
Família: Dermanyssidae
















Ácaro-do-pó ou dermatophagoides

   Dermatophagoides é um gênero de ácaros da família Pyroglyphidae presente na poeira introdomicíliar em todo o mundo, inclusive no Brasil. Existem duas espécies mais prevalentes no Brasil - Dermatophagoides pteronyssinus e D. farinae. O ácaro Dermatophagoides é considerado o principal agente causador de alergia respiratória no Brasil junto com outro ácaro conhecido como Blomia tropicalis.
   Pode causar sensibilização e crises de asma e rinite alérgica em indivíduos susceptíveis, através da inalação de partículas provenientes do seu corpo e principalmente de suas fezes (bolotas fecais), onde encontram-se enzimas digestivas como proteases que são altamente sensibilizantes.
   Alimenta-se de fungos e material biológico em decomposição como pele humana descamada - não mordem a pele sadia, apenas se alimentam de restos de pele. São nômades e encontrados no ambiente doméstico em bandos, infestando todos os locais da residência, sobretudo onde pode encontrar alimentos em abundância como travesseiros, colchões, almofadas, sofás de pano, tapetes, bichos de pelúcia, etc.
Dermatophagoides pteronyssinus
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Subclasse: Acarina
Ordem: Acariformes
Família: Pyroglyphidae
Gênero: Dermatophagoides
Espécie: D. pteronyssinus

Ácaro-do-queijo

Ácaro-do-queijo é a designação dada um conjunto de ácaros que são usados na produção de determinados tipos de queijo ou que infestam naturalmente queijos provocando a sua deterioração.
    Na produção de alguns queijos europeus é propositadamente promovida a infestação por variedades selecionadas de ácaros como forma de melhorar as características organolépticas do produto, nomeadamente o sabor, a textura da crosta exterior e a aparência. A ação dos ácaros vivos na superfície desses queijos contribui para a formação do sabor e dá-lhes um aspecto distinto. Entre os queijos assim produzidos.
   Para além dos ácaros que são usados na produção de certos tipos específicos de queijos, múltiplos ácaros infestam queijos armazenados, nalguns casos provocando a sua perda. Entre os infestantes mais comuns está a espécie Tyrophagus putrescentiae, que produz a deterioração do queijo conhecida por açã, oução ou sarna-do-queijo. Quando ingeridos, os queijos deteriorados podem provocar sintomas disentéricos.

Ácaro

   Ácaro é a designação comum a algumas espécies (excluindo os carrapatos que compõem a ordem Ixodida) de artrópodes da subclasse Acarina (=Acari), pertencentes à classe dos aracnídeos, subclasse à qual pertencem mais de 30.000 espécies conhecidas, apesar de possivelmente existirem muitas outras não classificadas. Os ácaros do pó domiciliar são visíveis apenas ao microscópico e medem entre 200 e 500 micrômetros. Contudo, além dos ácaros terrestres, há ainda os aquáticos, inclusive marinhos. São em sua maioria predadores, mas há os fitófagos, detritífagos e os parasitas. Na subclasse Acarina estão ainda os carrapatos ou carraças.
   Entre os ácaros parasitas do homem, existem os que atingem os folículos pilosos e glândulas sebáceas, como Demodex folliculorum, que provoca a formação de cravos, e parasitas cutâneos, como Sarcoptes scabiei, o causador da sarna humana (escabiose). Este forma túneis na epiderme e libera secreções que provocam forte irritação. A deposição contínua de ovos nos túneis garante a perpetuação da infestação. O contato com áreas infestadas da pele pode transmitir o ácaro para outro hospedeiro.
   Nas habitações os ácaros alimentam-se de partículas resultantes da descamação de pele humana e de animais. Por dia, o homem perde cerca de 1g destes pedaços de pele. Os ácaros abundam nos colchões, mantas de lã, almofadas de penas, tapetes, alcatifas, sofás e bonecos de pelúcia, desenvolvendo-se em condições ótimas de umidade superior à média de 70% a 80% e de temperatura superior a 20 °C. Em altitudes superiores a 1200 metros, os ácaros deixam de ter boas condições de vida. Por este motivo, a estadia em regiões montanhosas pode conduzir ao alívio de certas alergias. Vivem 2 a 3 meses, durante os quais acasalam 1 a 2 vezes, dando origem a uma postura de 20 ovos a 50 ovos. O período mais propício para o acasalamento é a Primavera e o Outono. No Brasil, os ácaros são os principais responsáveis por quadros de alergia respiratória como rinite alérgica e asma. As principais espécies relacionadas a esses casos são o Dermatophagoides pteronyssinus, D. farinae, Euroglyphus maynei e Blomia tropicalis.
   Os excrementos dos ácaros e os ácaros mortos dispersam-se em poeira fina, sendo inalados e podendo provocar alergias. A maioria dos casos de alergia a ácaros são mediadas pelo IgE, mas existem descrições de pacientes com imunorreatividade e hipersensibilidade a ácaros mediada por mecanismos celulares.
   Os alergênios dos ácaros são bem conhecidos. Os antignios principais são Der p1 (D. pteronyssinus), Der f1 (D. farinae) e Eur m1 (E. maynei).
   Para que se dê a sensibilização aos ácaros é necessária uma taxa de antigénio Der p1 superior ou igual a 2 micra por grama de pó domiciliar. Calcula-se que a prevalência da sensibilização aos ácaros na população geral seja de cerca de 10 a 20%. São os responsáveis pela maioria dos casos de rinite e asma alérgica perene, tendo também um papel importante na dermatite atópica. Já foram descritos casos raros de anafilaxia após ingestão de alimentos contaminados por grandes quantidades de D. farinae (farinha, pizzas, peixe e legumes, entre outros).

Escorpião imperador

   Pandinus imperator, mais conhecido pelo nome comum de escorpião imperador, é uma das maiores espécies de escorpiões no mundo, chegando a 20 centímetros, e perde em tamanho apenas para o Heterometrus swammerdami, que obtém o recorde mundial. Pode ser considerado um gigante gentil entre os escorpiões, devido a seu tamanho imponente, seu veneno pouco tóxico(perigoso apenas às pessoas álérgicas à picada da abelha) e um temperamento muito calmo, o mais dócil dos escorpiões. Por isso,muito recomendado como animal de estimação exótico. Sua cor é preta, com pinças grandes comparadas com o corpo, sendo quase cego, mas seus pelos sensoriais nas pernas suprem essa deficiência. Pode viver até 8 anos, longevidade alta para os artrópodes. Vive nas florestas úmidas da África, caçando grilos, baratas, e outras presas, como lagartos e ratos. O escorpião imperador é predado por répteis, mamíferos e anfíbios.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Ordem: Scorpiones
Família: Scorpionidae
Gênero: Pandinus
Espécie: P. imperator

Escorpião-vinagre

   Escorpião-vinagre é o nome comum atribuído aos aracnídeos da ordem Uropygi. Apresentam 12 segmentos no opistossoma, flagelo em vez de télson, pedipalpo raptorial e glândulas anais secretoras. Não tem glândulas de veneno mas apresenta glândulas anais que secretam uma substância similar a ácido acético, de cheiro forte semelhante a vinagre. Esta substância é esguichada pela fina cauda e, em contato com os olhos, pode causar irritação. Vive em lugares úmidos e escuros, como cavernas e ocos de árvores. Se alimenta de insetos, aves, lagartixas e mamíferos.
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Ordem: Uropygi

Escorpião-Amarelo

   O Tityus serrulatus, conhecido popularmente como escorpião-amarelo, é um escorpião típico do Sudeste do Brasil, e a principal espécie que causa acidentes graves, com registro de obitos, principalmente em crianças. Principais características: possui as pernas e cauda amarelo-clara, e o tronco escuro. A denominação da especie e devida a presença de uma serrilha nos 3º e 4º anéis da cauda. Mede ate 7 cm de comprimento. Sua reprodução e partenogenética, na qual cada mãe tem aproximadamente dois partos com, em media, 20 filhotes cada, por ano, chegando a 160 filhotes durante a vida. Devido aos hábitos domiciliares e à periculosidade da picada é responsável pela maioria dos acidentes escorpiônicos verificados no Brasil, em região urbana e devido ainda à grande expansão de distribuição nos últimos 25 anos.
   Os escorpiões são animais vivíparos. O período de gestação é variado mas, em geral, dura três meses para o gênero Tityus. Durante o parto, a fêmea eleva o corpo e faz um “cesto” com as pernas dianteiras, apoiando-se nas posteriores. Os filhotes recém-nascidos sobem no dorso da mãe através do “cesto” e ali permanecem por alguns dias quando, então, realizam a primeira troca de pele. Passados mais alguns dias, abandonam o dorso da mãe e passam a ter vida independente. O período entre o nascimento e a dispersão dos filhotes varia bastante. Para Tityus serrulatus é de aproximadamente 14 dias. Os escorpiões trocam de pele periodicamente, em um processo denominado ecdise; a pele antiga é a exúvia. Passam por um número limitado de mudas até a maturidade sexual, quando então param de crescer. A espécie T. serrulatus (escorpião amarelo) reproduz-se por partenogênese. Assim, só existem fêmeas e todo indivíduo adulto pode parir sem a necessidade de acasalamento. Este fenômeno facilita sua dispersão; por causa da adaptação a qualquer ambiente, uma vez transportado de um local a outro (introdução passiva), instala-se e prolifera com muita rapidez. Além disso, a introdução de T. serrulatus em um ambiente pode levar ao desaparecimento de outras espécies de escorpiões devido à competição. A espécie possui uma característica rara entre os escorpiões, que é a partenogênese, ou seja, a capacidade de se reproduzir sem que haja fecundação, não havendo necessidade de um casal. Tal fato possibilita que um único espécime transportado para um novo local possa se reproduzir e desenvolver uma colônia. Por muito tempo julgou-se que a espécie era exclusivamente partenogênica, recentemente foi descoberta uma população com a divisão de gêneros e reprodução sexuada, no norte do estado de Minas Gerais e na Bahia.
   O veneno de todos os escorpiões tem efeito neurotóxico, ou seja, age no sistema nervoso. A picada é extremamente dolorosa, provoca dor intensa no local afetado e se dispersa por todo o corpo, levando a vítima a um estado de hiperestesia, fazendo com que o doente fique extremamente sensível ao menor toque em todo o corpo. A ação neurotrópica da peçonha age sobre o bulbo (medula oblonga) região importantíssima do encéfalo que controla os movimentos respiratórios e cardíacos, além dos movimentos peristálticos, mas sua ação é específica sobre a região do bulbo controladora da respiração, o que faz com que a vítima morra por parada respiratória.
Escorpiao-amarelo Tityus serrulatus.jpg
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Ordem: Scorpiones
Família: Buthidae
Gênero: Tityus
Espécie: T. serrulatus

Escorpião

   O escorpião, também conhecido por lacrau ou alacrau, é um animal invertebrado artrópode (com patas formadas por vários segmentos) que pertence à ordem Scorpiones estando enquadrado na classe dos aracnídeos .
   Scorpiones é a ordem de artrópodes arácnidos terrestres que reúne cerca de 2.000 espécies de escorpiões que apresentam comprimento de 10 a 12 cm, corpo alongado e quelíceras com três artículos. São animais geralmente discretos e noturnos, escondendo-se durante o dia sob troncos e cascas de árvores.
   O nome escorpião é derivado do latim scorpio/scorpionis. Lacrau vem do árabe al-'aqrab.
   Existem registros científicos da existência dos escorpiões há mais de 400 milhões de anos. Segundo pesquisas, foram eles os primeiros artrópodes a conquistar o ambiente terrestre. Nesta adaptação, lhes foi muito útil a carapaça de quitina que compõe o seu exoesqueleto e que evita a evaporação excessiva.
   Atualmente já estão catalogadas cerca de 1600 espécies e subespécies distribuídas em 116 gêneros diferentes em todo o mundo. No Brasil existem cerca de 140 espécies.
   Existem escorpiões em todos os continentes, exceto na Antártida. Encontramos espécies nos Alpes suíços e Europa em geral, no México, Estados Unidos e Canadá, na América do Sul em geral, entre lixo e entulhos das pequenas e grandes cidades, na Floresta Amazônica (Brasil), na Oceania, no norte do Mediterrâneo, no Oriente Médio, na Índia, no norte e sul da África e Ásia. Suas cores variam do amarelo palha ao negro total, passando por tons intermediários, como o amarelo-avermelhado, vermelho-amarronzado, marrom e tons de verde ou mesmo de azul.
   As diferentes espécies de escorpiões têm tempos de vida muito diferentes e o tempo de vida real da maioria das espécies não é conhecido. A gama do tempo de vida parece situar-se entre os 4 a 25 anos, tendo sido 25 anos o tempo de vida máximo registado para a espécie H. arizonensis.
   Preferem viver em áreas com uma temperatura entre 20 °C e 37 °C, mas sobrevivem em temperaturas de 0 °C a 56 °C. Perfeitamente adaptados às condições climatéricas do deserto, suportam uma amplitude térmica diária na ordem dos 40 °C. Escorpiões do gênero Scorpios, alguns da família bothriurid que vivem na Patagônia e pequenos Euscorpius da Europa central podem sobreviver à temperaturas de inverno que chegam a -25ºC (−13 °F). Em Repetek (Turcomenistão) vivem sete espécies de escorpião (das quais a Pectinibuthus birulai é endêmica) em temperaturas que variam de -31ºC à 51ºC.
   São animais carnívoros e têm geralmente hábitos de sair de noite, quando caçam e se reproduzem. Detectam suas presas por vibrações no ar, no solo e sinais químicos, todos detectados por sensíveis pêlos distribuidos principalmente nas suas pinças e patas. Sua alimentação é baseada em principalmente em insetos e aranhas, mas podem se alimentar de outros escorpiões (o canibalismo é uma prática comum entre todos os aracnídeos), lagartos e até pequenos roedores e pássaros. Os escorpiões conseguem comer quantidades imensas de alimento, mas conseguem sobreviver com 10% da comida de que necessitam, podendo passar até um ano sem comer e consumindo muitíssimo pouca água, quase nada durante sua vida inteira.
   Usam seu veneno normalmente para imobilizar a presa, mas também serve para pré digerir os órgãos internos e víceras do animal. Em seguida, usam suas quelíceras (pequeno par de "presas" na parte frontal do cefalotórax) para dilacerar sua comida enquanto os sucos digestivos do intestino são regurgitados para fazer uma digestão externa, que então é sugada sob a forma líquida. Qualquer matéria sólida indigestível (pêlo, exoesqueleto, etc) é preso por cerdas na cavidade pré-oral, o que é ejetado pelo escorpião. Ou seja, assim como as aranhas, eles não conseguem ingerir material sólido.
   Os predadores naturais do escorpião são pássaros, alguns répteis (cobras e alguns lagartos), algumas aranhas, formigas, entre outros. Na natureza, o tamanho é essencial para determinar quem é presa ou predador.
   A reprodução da grande maioria das espécies é sexuada, exigindo a intervenção de machos e fêmeas. Porém, algumas espécies possuem reprodução monóica (também chamada partenogênese), ou seja, não exige a presença de machos. Neste processo, óvulos não fertilizados dão origem a embriões vivos. Na reprodução sexuada, tal como em outras espécies, há uma dança nupcial que antecede o acasalamento. O macho limpa o chão com os pentes e deposita aí uma cápsula contendo espermatozóides (espermatóforo). De seguida, arrasta a fêmea para cima dos espermatozóides a fim de que ela os receba.
   Os escorpiões são vivíparos, ou seja, não põem ovos. Podem gerar de 6 a 90 filhotes e o tempo de gestação varia com a temperatura, espécie e alimentação da mãe, podendo estar entre 2 meses e 2 anos. Os filhotes nascem completamente brancos e por meio de parto, através de uma fenda genital. Eles ficam colados ao dorso materno por cerca de 10 a 14 dias até completar-se a primeira muda (quanto mais jovem o escorpião, mais mudas ele fará) até que consigam obter seu próprio alimento sozinhos. A idade adulta é alcançada com cerca de um ano de vida.
   O ferrão do escorpião (chamado de telson), além de servir para agarrar a presa, defender-se, e no acasalamento, inocula na presa um veneno. Este veneno contém uma série de substâncias cuja composição química não está bem definida, porém contém neurotoxinas, histaminas, serotonina, enzimas, inibidores de enzimas, e outras. Parece, segundo os pesquisadores, que as neurotoxinas agem sobre as células nervosas da presa, com uma certa especificidade, dependendo do tipo de animal.
   É interessante saber que a toxicidade do veneno de um escorpião pode ser comparada com o tamanho de seus pedipalpos (o equivalente ao braço humano do escorpião); quanto mais robustos os pedipalpos, menos o escorpião utiliza-se do veneno para com suas presas e quanto menores eles forem, mas o veneno do escorpião pode ser letal às suas presas.
   O veneno de escorpiões do tipo Tityus serrulatus, que parece ser o veneno mais tóxico de todos os escorpiões da América do Sul, age sobre o sistema nervoso periférico dos humanos, causando dor, pontadas, aumentando a pulsação cardíaca e diminuindo a temperatura corporal. Estes sintomas, devido ao seu peso corporal, são mais acentuados em crianças, e devido às condições físicas, aos idosos. Todos os escorpiões são venenosos, porém apenas 25 espécies podem ser mortais aos humanos. Sua ferroada assemelha-se em grau de toxicidade da ferroada de uma abelha.
   O tratamento consiste na aplicação local da ferroada de um anestésico (lidocaína a 2%) e soro antiescorpiônico (obtido de escorpiões vivos). O tratamento deve ser hospitalar, de preferência com a apresentação do escorpião para facilitar o diagnóstico e o tratamento.

Hexathelidae

   Hexathelidae é uma família de aranhas migalomorfas, a única família incluída na superfamília monotípica Hexatheloidea. Os membros desta família, à semelhança do que acontece com a família Dipluridae, constroem teias em foram de funil, aproveitando fissuras e pequenos buracos nas rochas ou nas árvores.
   As aranhas pertencentes a esta família são relativamente grandes, com um comprimento corporal que varia de 1 cm a 5 cm. São de cores escuras, desde o castanho ao negro, com uma placa brilhante cobrindo a parte posterior do corpo.
   Partilham com as Dipluridae a presença de grandes fieiras. Os olhos destas aranhas estão densamente agrupados.
   A maioria dos hexatélidos tem distribuição natural restrita à Austrália, Nova Zelândia e Ásia. Uma espécie ocorre na região do Mediterrâneo (a aranha negra Macrothele calpeiana), duas na América do Sul e duas na África Central.
Atrax robustus (fêmea).
Atrax robustus fêmea


Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Ordem: Araneae
Subordem: Mygalomorphae
Infraordem: Tuberculotae
Superfamília: Hexatheloidea
Família: Hexathelidae

Dipluridae

   Dipluridae é uma família de aranhas megalomorfas, única representante da superfamília monotípica dos dipluroídeos (Dipluroidea).
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Ordem: Araneae
Subordem: Mygalomorphae
Infraordem: Tuberculotae
Superfamília: Dipluroidea
Família: Dipluridae