quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Escorpião-Amarelo

   O Tityus serrulatus, conhecido popularmente como escorpião-amarelo, é um escorpião típico do Sudeste do Brasil, e a principal espécie que causa acidentes graves, com registro de obitos, principalmente em crianças. Principais características: possui as pernas e cauda amarelo-clara, e o tronco escuro. A denominação da especie e devida a presença de uma serrilha nos 3º e 4º anéis da cauda. Mede ate 7 cm de comprimento. Sua reprodução e partenogenética, na qual cada mãe tem aproximadamente dois partos com, em media, 20 filhotes cada, por ano, chegando a 160 filhotes durante a vida. Devido aos hábitos domiciliares e à periculosidade da picada é responsável pela maioria dos acidentes escorpiônicos verificados no Brasil, em região urbana e devido ainda à grande expansão de distribuição nos últimos 25 anos.
   Os escorpiões são animais vivíparos. O período de gestação é variado mas, em geral, dura três meses para o gênero Tityus. Durante o parto, a fêmea eleva o corpo e faz um “cesto” com as pernas dianteiras, apoiando-se nas posteriores. Os filhotes recém-nascidos sobem no dorso da mãe através do “cesto” e ali permanecem por alguns dias quando, então, realizam a primeira troca de pele. Passados mais alguns dias, abandonam o dorso da mãe e passam a ter vida independente. O período entre o nascimento e a dispersão dos filhotes varia bastante. Para Tityus serrulatus é de aproximadamente 14 dias. Os escorpiões trocam de pele periodicamente, em um processo denominado ecdise; a pele antiga é a exúvia. Passam por um número limitado de mudas até a maturidade sexual, quando então param de crescer. A espécie T. serrulatus (escorpião amarelo) reproduz-se por partenogênese. Assim, só existem fêmeas e todo indivíduo adulto pode parir sem a necessidade de acasalamento. Este fenômeno facilita sua dispersão; por causa da adaptação a qualquer ambiente, uma vez transportado de um local a outro (introdução passiva), instala-se e prolifera com muita rapidez. Além disso, a introdução de T. serrulatus em um ambiente pode levar ao desaparecimento de outras espécies de escorpiões devido à competição. A espécie possui uma característica rara entre os escorpiões, que é a partenogênese, ou seja, a capacidade de se reproduzir sem que haja fecundação, não havendo necessidade de um casal. Tal fato possibilita que um único espécime transportado para um novo local possa se reproduzir e desenvolver uma colônia. Por muito tempo julgou-se que a espécie era exclusivamente partenogênica, recentemente foi descoberta uma população com a divisão de gêneros e reprodução sexuada, no norte do estado de Minas Gerais e na Bahia.
   O veneno de todos os escorpiões tem efeito neurotóxico, ou seja, age no sistema nervoso. A picada é extremamente dolorosa, provoca dor intensa no local afetado e se dispersa por todo o corpo, levando a vítima a um estado de hiperestesia, fazendo com que o doente fique extremamente sensível ao menor toque em todo o corpo. A ação neurotrópica da peçonha age sobre o bulbo (medula oblonga) região importantíssima do encéfalo que controla os movimentos respiratórios e cardíacos, além dos movimentos peristálticos, mas sua ação é específica sobre a região do bulbo controladora da respiração, o que faz com que a vítima morra por parada respiratória.
Escorpiao-amarelo Tityus serrulatus.jpg
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Ordem: Scorpiones
Família: Buthidae
Gênero: Tityus
Espécie: T. serrulatus

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